Na região central de Minas, sirenes de emergência de barragens foram acionadas de forma indevida. Por conta disso, moradores de Brumal, distrito de Santa Bárbara, precisaram deixar suas casas. A AngloGold Ashanti, responsável pelas estruturas, confirmou o acionamento equivocado e lamentou o ocorrido. A empresa disse, ainda, que apura a situação e reforçou que as barragens estão seguras.
As sirenes do sistema de emergência das barragens do Complexo Córrego do Sítio, entre os municípios de Santa Bárbara e Barão de Cocais, na região Central de Minas, foram acionadas, de forma indevida, na tarde desta terça-feira. Por causa do episódio, os moradores da região saíram de suas casas às pressas.
Alguns vídeos sobre a ocorrência viralizaram nas redes sociais e mostram as pessoas assustadas, inclusive, várias crianças chorando. Além disso, as imagens mostram vias da saída do distrito de Brumal totalmente congestionadas após o acionamento irregular.
Segundo a AngloGold Ashanti, que é a proprietária das barragens, o acionamento aconteceu por volta das duas da tarde. A empresa disse que investiga os motivos do acionamento indevido e lamentou o ocorrido. A empresa apontou, também, que está em contato com as lideranças comunitárias e órgãos públicos competentes. Por fim, a AngloGold reforçou que as estruturas estão “seguras e estáveis”.
Após o ocorrido, a normalidade das barragens foi constatada pelas defesas civis de Santa Bárbara e Barão de Cocais e os moradores puderam retornar para as casas.
Não é a primeira vez que as sirenes de emergência foram acionadas de forma equivocada na região. Em maio de 2023, a AngloGold chegou a ser penalizada pela Justiça por outros quatro episódios similares. Uma ação movida pelo Ministério Público de Minas Gerais apontou que o alerta falso representa violação de direitos, podendo ocasionar problemas como “distúrbios psicológicos, pânico, acidentes e lesões” entre os moradores.
As barragens Córrego do sítio 1 e Córrego do sítio 2 possuem capacidade para mais de 10 milhões de metros cúbicos de rejeitos.
Em 2023, foram identificadas na estrutura de número duas trincas de até 300 metros de comprimento. À época, a empresa informou que as rachaduras foram detectadas em vistorias de rotina e levaram à declaração, de forma preventiva, do nível 1 de emergência da barragem. A escala vai até 3. No mesmo ano, a produção no complexo foi suspensa. Segundo a Agência Nacional de Mineração, a barragem está em processo de descaracterização para a retirada de rejeitos, mas fora de alerta de emergência.