Conor McGregor enfrenta novo processo civil no qual uma mulher o acusa de agressão sexual durante um jogo das finais da NBA de 2023 em Miami.
O processo, que foi apresentado na terça-feira no Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Sul da Flórida, também processa os operadores do Kaseya Center – casa do Miami Heat – por não protegerem a autora, identificada como Jane Doe ao longo do processo e que se identifica como vice-presidente sênior de Wall Street, de 49 anos.
O processo alega que o incidente ocorreu em 9 de junho de 2023, quando o Miami Heat enfrentou o Denver Nuggets no Jogo 4 das finais da NBA. Na ação, a autora afirma que foi conduzida ao banheiro masculino por um dos conhecidos de McGregor onde, segundo ela, o lutador de MMA a agrediu sexualmente.
Investigação
O incidente foi investigado pela polícia na época e o Promotor do Estado de Miami-Dade se recusou a apresentar acusações contra McGregor, que disse que as alegações eram falsas.
Eles chegaram à decisão após conversar com testemunhas que disseram que Jane Doe não mostrava “sinais de angústia” e parecia “bem”, com o chefe de segurança afirmando que a autora voltou ao seu assento e continuou socializando com McGregor, de acordo com um memorando de encerramento do Promotor visto pela CNN.
Em um longo comunicado à CNN, o advogado da autora, James Dunn, disse que após a rejeição das acusações criminais, “um processo civil é o único caminho que minha cliente tem para buscar justiça neste caso”.
“Minha cliente pensou muito sobre a decisão de prosseguir com este caso civil, e teme o efeito que isso pode ter em seu trabalho em Wall Street”, disse Dunn. “No entanto, seu principal objetivo ao entrar com esta ação é aumentar a conscientização e encorajar outros a denunciarem agressão sexual”.
Em declaração à CNN, a advogada de McGregor, Barbara Llanes, disse: “Após uma investigação minuciosa na época, o Promotor concluiu que não havia caso a ser seguido. Quase dois anos e pelo menos três advogados depois, a autora tem uma nova história falsa. Estamos confiantes de que este caso também será arquivado”.
McGregor era convidado especial no jogo e estava lá em capacidade promocional. Durante o terceiro quarto, ele foi à quadra com o mascote do Heat, Burnie, para promover um spray analgésico. Durante a esquete planejada, McGregor atingiu o homem que interpretava Burnie, mas acabou mandando-o para o hospital após desferir dois socos.
Após a esquete, McGregor foi conduzido de volta a uma área VIP onde começou a conversar com a autora, afirma o processo. Quando a autora e sua amiga disseram que estavam saindo, ela alega que a segurança privada de McGregor ou um amigo a “agarrou” pelo pulso e a levou até a entrada do banheiro masculino, onde McGregor a levou para dentro de um compartimento.
O processo alega que funcionários e seguranças do Centro Kesaya impediram que a amiga da autora entrasse no compartimento com ela. Foi então que a autora alega que McGregor “intencionalmente se envolveu em contato sexual ilícito… sem seu consentimento”.
O processo afirma que funcionários do Centro Kesaya continuaram fornecendo álcool e comida para McGregor durante toda a noite, apesar dele estar embriagado e “fora de controle”.
Outro caso
Em novembro, uma mulher que alegou que McGregor a “estuprou e agrediu brutalmente” em uma cobertura de hotel em Dublin recebeu cerca de 250.000 euros (R$ 1.560.935) por um júri civil na Irlanda. Na época, McGregor alegou que os dois tiveram relações consensuais e prometeu recorrer do veredicto.