A escritora Marina Colasanti é velada nesta quarta-feira (29), no Parque Lage, na Zona Sul do Rio. A cerimônia começou às 9h, é aberta ao público e vai acontecer até 15h da tarde. A autora morreu nessa terça (28), aos 87 anos. Ganhadora do Prêmio Jabuti nove vezes e primeira mulher vencedora do Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, a autora publicou mais de 70 obras para crianças e adultos. A causa da morte não foi divulgada.
Familiares e amigos chegaram ao Parque Lage desde cedo. Uma das filhas de Marina, Alessandra Colasanti, já está apresente, além da comentarista Miriam leitão. Além delas, a cineasta Carla Camuratti que fez uma entrevista com Marina há 5 anos conversou com a CBN sobre a perda da autora. Ela disse que a escritora era uma mulher mais do que completa.
‘Ela passou do completo, ela completou e continuou, eu acho que sim, potente, amiga, companheira, inteligente, generosa, sabe? Passou do completo. Agora, tem gente que quando parte abre buraco, a Marina para mim abre um buraco no meu coração e eu acho que abre um pouco na luta feminina, abre no Brasil uma perda dessa pessoa tão especial.’
Nascida em 26 de setembro de 1937, na Eritreia, Marina Colasanti veio para o Brasil em 1948, após a Segunda Guerra Mundial. Iniciou a carreira como jornalista em 1962 no Jornal do Brasil, e seis anos depois, publicou o primeiro livro, “Eu Sozinha”. A partir daí, lançou obras de poesia, contos, crônicas, romances e literatura infantojuvenil — muitas delas ilustradas pela própria autora, formada em Artes Plásticas.
Marina Colasanti é velada nesta quarta (29) no Parque Lage, no Rio — Foto: Natalia Furtado / CBN
A Academia Brasileira de Letras declarou que Marina Colasanti foi “dos raros artistas que atingiram o mesmo grau de excelência nas diversas áreas em que atuou”. A Câmara Brasileira do Livro, que organiza o Prêmio Jabuti, ressaltou que Marina Colasanti eternizou uma marca na história da literatura brasileira e inspirou leitores e escritores pelo mundo.
Ela será cremada no Crematório da Penitência, na Zona Portuária do Rio, em cerimônia restrita a familiares.