O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta terça-feira (6) que até ao momento foram detidas 2.229 pessoas que participaram nos protestos pós-eleitorais no país desde 29 de julho, em rejeição dos resultados apresentados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) que proclamaram Maduro vencedor da disputa.
Durante um evento público, Maduro insistiu que os detidos, que descreveu como “terroristas” e dos quais disse ter provas, prejudicam a Venezuela e são incitados pelo candidato maioritário da oposição, Edmundo González, e pela líder da oposição, María Corina Machado.
González e Machado negam que estejam promovendo a instabilidade no país e dizem que só procuram defender o voto porque, segundo os seus números, o verdadeiro vencedor foi o candidato da oposição.
A informação de Maduro contrasta com a de algumas organizações não-governamentais. O grupo Fórum Penal, por exemplo, diz ter um recorde de 1.102 prisões ocorridas entre 29 de julho e 6 de agosto.
Os resultados da CNE têm causado polémica dentro e fora da Venezuela.
O Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) do país recebeu na segunda-feira (5) os registos de votação e vai analisar os documentos e convocar os candidatos para se pronunciar sobre a validade da disputa e dos resultados.
Este conteúdo foi criado originalmente em espanhol.
versão original