Lula defendeu ainda a criação de um Estado palestino. A declaração foi dada pelo presidente em evento da Petrobras no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (23).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a classificar a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas como “genocídio”. Lula defendeu a criação de um Estado palestino, que conviva de forma harmônica com o estado israelense. A declaração, dada em agenda no Rio de Janeiro nessa sexta-feira, é a primeira manifestação do presidente sobre o assunto após ele comparar a guerra na Faixa da Gaza ao Holocausto, no domingo passado, na Etiópia.
A fala de Lula deu início a uma crise diplomática entre Brasil e Israel e foi alvo de críticas de chanceleres nas reuniões do G20 nessa semana. O secretário de Estado americano, Antony Blinken, foi um dos que discordaram da declaração.
Nessa sexta-feira, o presidente disse que a fala sobre o Holocausto foi mal interpretada. Ele destacou que crianças e mulheres estão entre as vítimas da guerra e defendeu o fim do conflito.
Após a comparação de Lula, o embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, foi chamado pelo governo de volta ao Brasil, onde deve permanecer pelos próximos meses. Ele aguarda uma reunião com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que deve acontecer no final de fevereiro.
No Rio, Lula também defendeu uma reforma no Conselho de Segurança da ONU, uma das pautas prioritárias do G20. Segundo ele, o órgão “não representa nada”, diante do veto de resoluções que pediam um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza.
Além da agenda da Petrobras, Lula participou da inauguração do Terminal Intermodal Gentileza, no Centro do Rio, ao lado do prefeito Eduardo Paes. O presidente repetiu o tom eleitoreiro adotados em eventos no início do mês e trocou afagos com Paes, que vai concorrer à reeleição. Em discurso, Lula pediu que os brasileiros não elejam “imbecis”, em meio ao que chamou de “momento de mentira que vive o país”.