Em evento em Nova York, o presidente brasileiro ainda afirmou que, em vários países do mundo, a democracia “corre riscos extremos”.
O presidente Lula disse que em vários países do mundo a democracia “corre riscos extremos” e que é inegável que “a democracia vive hoje o momento mais crítico desde a Segunda Guerra Mundial”. A fala foi feita na tarde desta terça-feira (24), em um evento em Nova York para debater a defesa da democracia e o combate aos extremismos.
Lula disse que fatores como a disseminação de fake news, do negacionismo e de discursos de ódio contribuem para o enfraquecimento da democracia. E afirmou que liberdade de expressão é um dos pilares de um regime democrático, mas que esse direito não é absoluto.
“É inegociável, é inegável que a democracia vive hoje o seu momento mais crítico desde a Segunda Guerra Mundial. No Brasil e nos Estados Unidos, forças totalitárias promoveram ações violentas para desafiar o resultado das urnas. Na América Latina, as notícias falsas corroem a confiança e afetam os processos eleitorais. Na Europa, uma mistura explosiva de racismo, xenofobia e campanha de deformação coloca em risco a diversidade e o pluralismo”, afirmou.
Lula aproveitou o discurso para defender a regulação de plataformas digitais e o uso de tecnologias de inteligência artificial. E, em uma referência indireta ao bilionário Elon Musk, destacou que nenhum empresário mais rico “está acima da lei”.
O presidente brasileiro destacou ainda que só uma democracia revigorada vai permitir equacionar dilemas da sociedade e do mundo contemporâneo. E frisou que democracia não é “um pacto de silêncio”, mas, ao contrário disso, é um movimento de ouvir movimentos sociais e minorias sociais, proteger quem defende direitos humanos e o meio ambiente.