O presidente Lula disse que avalia criar um escritório da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no continente africano. Hoje, já existem escritórios nos Estados Unidos e na França. A fala do presidente foi durante cerimônia de comemoração dos 51 anos da empresa, que ele chamou de “mãe máxima da tecnologia brasileira”.
Segundo o presidente, em outro governo, já montou escritório em Gana para pesquisar a savana africana, que, segundo ele, teria mesma capacidade produtiva do cerrado.
“Então, eu tentei isso, mas, depois que eu deixei a presidência, eu acho que foi um pouco desativado. A Embrapa saiu e voltou, fecharam o escritório em Gana, e eu acho que eu estou pensando nisso outra vez”.
Na cerimônia, o presidente ainda cobrou recursos e investimentos na Embrapa, e disse que é um “absurdo” faltar um ou dois milhões para pesquisas agropecuárias. Ele alfinetou, em tom de brincadeira, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Agricultura, Carlos Fávaro, que falaram antes do presidente e assinaram acordos de cooperação com a empresa.
“O Haddad falou bonito, mas não falou de dinheiro. Aí eu falei: ele tratou com o Silvio. Ele falou que não, tratou com o meu ministro de Agricultura, o Fávaro. O Fávaro é que vai falar de dinheiro. O Favaro é quem falou, falou, falou, puxou o saco de funcionário, e também não falou de dinheiro. A única que falou de dinheiro foi a única que não assinou nenhum protocolo, que foi a companheira Luciana, ministra de Minas e Energia”.
A ministra Luciana Santos é da Ciência e Tecnologia. Já o Ministerio de Minas e Energia é chefiado por Alexandre Silveira.
O ministro Carlos Fávaro ainda afirmou que o PAC prevê investimento de R$ 1 bilhão para a Embrapa nos próximos anos. A presidente da empresa, Silvia Massruhá, afirmou que a Embrapa precisa de R$ 500 milhões ao ano para manter cerca de mil pesquisas. Ela disse que o presidente Lula sinalizou investimentos, inclusive para contratar funcionários, já que não há concurso publico há 10 anos.