O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse durante o recebimento da Declaração Final da Cúpula Social, que o fórum não pode encerrar por aqui, e que o G20 tem que acontecer “todo santo dia”. Ele cobrou continuidade dos trabalhos nos próximos anos e pediu que a sociedade não espere o próximo encontro, na África do Sul, para fazer uma nova reunião.
Mais cedo, Lula se reuniu com o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, e afirmou ter sugerido que o G20 Social seja incorporado pelas próximas presidências do G20. O encontro foi a primeira reunião bilateral de Lula com líderes mundiais que estão no Rio para o G20.
O presidente disse que vai levar as reivindicações apresentadas pela sociedade civil no Fórum Social às discussões da cúpula de chefes de Estado, que ocorre a partir de segunda-feira.
O presidente também disse que “a economia e a política internacional não são monopólio de especialistas e de burocratas”. Ele cobrou discussões sobre “jornadas de trabalho mais equilibradas”, tema que vem mobilizando o Congresso Nacional.
Presidente Lula durante encerramento do fórum do G20 Social. — Foto: Ricardo Stuckert / PR
Lula afirmou os Governos precisam romper com a dissonância entre a voz dos mercados e a voz das ruas. E pediu discussão de medidas contra o extremismo.
A declaração final da cúpula social, entregue ao presidente Lula, destacou como prioridade a adesão dos países à aliança global contra fome e a pobreza, defendeu a “taxação progressiva dos super-ricos” e destacou que a democracia “está em risco quando forças da extrema direita promovem desinformação”.
A carta defende também a produção de alimentos saudáveis e o combate a mudança do clima, com prioridade para redução da emissão de gases do efeito estufa. O texto ainda cobra uma reforma do Conselho de Segurança da ONU.