Os chefes de Estado e de governo do G7 realizarão uma videoconferência neste domingo à tarde ‘para discutir o ataque iraniano contra Israel’. O anúncio foi feito pela Itália, que atualmente preside o grupo das principais potências ocidentais.
O G7 é composto por Itália, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha e Japão.
As Forças de Defesa de Israel afirmaram que conseguiram interceptar 99% dos mísseis e drones lançados pelo Irã na madrugada deste domingo, no horário local. De acordo com os militares, mais de 300 projéteis foram enviados para o território israelense. Ouça os detalhes na abertura do Jornal da CBN deste domingo, 14 de abril:
O ataque iraniano foi uma resposta ao bombardeio contra um consulado do Irã na Síria que matou um comandante sênior da Guarda Revolucionária iraniana. Israel não assumiu a autoria do ataque, mas o governo do Irã culpa o país.
O porta-voz da Defesa israelense disse que as ações do Teerã são muito graves e empurram a região para uma escalada. De acordo com ele, também foram registrados ataques aéreos do Iêmen e do Iraque.
O chamado Domo de Ferro foi acionado para interceptar artefatos ainda no ar e explodi-los. Parte dos drones iranianos foi derrubada por aeronaves dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Jordânia.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reuniu o gabinete de guerra e fez um pronunciamento quando o Irã anunciou a ofensiva. Ele agradeceu o apoio de países aliados e disse que está preparado para qualquer cenário, inclusive para responder a ataques.
Diversas explosões foram ouvidas na cidade de Jerusalém, e as sirenes de aviso soaram em quase todo o país. As últimas informações apontam que uma criança de dez anos ficou ferida e uma base do exército israelense foi levemente atingida.
O Irã anunciou o fim da resposta militar e disse que não haverá novos ataques além deste, que foi considerado legítimo pelo país, mas alertou que qualquer ameaça de Israel ou dos Estados Unidos terá uma resposta recíproca.
O embaixador israelense nas Nações Unidas condenou a ação e convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, que vai se reunir neste domingo às cinco horas da tarde, no horário de Brasília.
Além de pedir a reunião, Israel também solicitou que o conselho condene o ataque e classifique o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica Iraniana como uma organização terrorista.
O presidente americano, Joe Biden, classificou a ofensiva como “descarada” e afirmou que vai reunir os líderes do G7 para coordenar uma resposta diplomática e unida.
No Brasil, o Itamaraty disse que acompanha o caso com grave preocupação. Em nota, o órgão pediu máxima contenção a Irã e Israel e fez um apelo à comunidade internacional para evitar uma escalada no conflito.
A tensão causa preocupação global por causa do poderio militar envolvido. O Irã tem, ainda, o apoio de grupos armados que atuam em Gaza, no Líbano, Iraque, Síria e Iêmen. Israel conta com a ajuda de países ocidentais como o Reino Unido, França e, principalmente, os Estados Unidos.