Após a primeira fuga de presos do sistema penitenciário federal, o ministro da Justiça Ricardo Lewandowski determinou o afastamento imediato da atual direção da Penitenciária Federal em Mossoró, no Rio Grande do Norte, e escalou um interventor para comandar a gestão da unidade.
Trata-se de um policial penal federal que partiu de Brasília para Mossoró com o secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, na tarde desta quarta-feira. Um processo administrativo também foi aberto para apurar possível facilitação aos fugitivos.
Em reação à primeira crise à frente da Pasta, o ministro Lewandowski ainda solicitou o registro dos fugitivos no Sistema de Proteção de Fronteiras e Sistema de Difusão Laranja da Interpol, um alerta global de polícia. A Polícia Federal já instaurou um inquérito para investigar a fuga.
A Polícia Rodoviária Federal está atuando em ações de bloqueios e buscas nas estradas, assim como as Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado foram mobilizadas para que as polícias federais e estaduais atuem de forma colaborativa.
Outra resposta de Lewandowski é determinação pela revisão dos equipamentos e protocolos de segurança dos cinco presídios federais.
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Rio Grande do Norte auxilia nas buscas, conforme destaca o titular da Pasta, Coronel Francisco de Araújo Silva.
Os fugitivos foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, de 36 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 34 anos, também conhecido como “Tatu” ou “Deisinho”. Ambos são do Acre e estavam na penitenciária de Mossoró desde 27 de setembro do ano passado.
Nas cinco unidades do sistema penitenciário federal, criado em 2006, estão líderes de quadrilhas como Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital. Além de Mossoró, os presídios federais estão em Brasília, Catanduvas, Campo Grande e Porto Velho.