O exame toxicológico do menino Ythallo Raphael Tobias Rosa, de seis anos, confirmou indícios de chumbinho no corpo dele. O laudo, elaborado pelo Instituto Médico Legal do Rio, encontrou traços de terbufós, substância presente em um veneno irregularmente utilizado como raticida. A suspeita é de que o menino e um colega tenham comido um bombom envenenado.
Nessa quarta-feira (09), após 10 dias internado com suspeita de envenenamento após consumir um bombom, o menino Benjamim Rodrigues Ribeiro, de sete anos, morreu. A criança estava em estado grave no Hospital Municipal Miguel Couto, na Zona Sul do Rio, e teve a morte cerebral confirmada pela equipe médica. Ythallo, amigo de Benjamim, morreu no mesmo dia em que comeu os bombons, após sofrer uma parada cardiorrespiratória.
O caso ocorreu no dia 30 de setembro, no Morro da Primavera, em Cavalcante, na Zona Norte. Ythallo Raphael Tobias Rosa, de seis anos, brincava na rua da comunidade com um primo, quando uma mulher em uma moto passou e ofereceu o bombom para os dois. O primo recusou, mas Ythallo aceitou. Ao voltar para casa, Ythallo encontrou o amigo Benjamim e ofereceu um pedaço do doce, que foi aceito.
Os dois foram levados a uma UPA da região após passarem mal, apresentando sintomas semelhantes e vomitando. Ythallo faleceu no dia seguinte. O laudo inicial de necropsia encontrou partículas granuladas amarronzadas em seu estômago.
A equipe médica onde Benjamim estava internado confirmou ter encontrado veneno em seu organismo. Em nota, a direção do hospital municipal informou apenas que a criança teve morte encefálica e que seguiu todo o processo de confirmação diagnóstica. Após 48 horas, a morte foi confirmada.
A Delegacia de Homicídios da Capital investiga o caso. Testemunhas já foram ouvidas, e imagens de câmeras de segurança estão sendo analisadas. Até o momento, a mulher suspeita de ter dado o bombom aos garotos não foi identificada, e ninguém foi preso.