Um juiz federal disse nesta terça-feira (5) que não ordenaria que vários condados da Geórgia rejeitassem cédulas de votação antecipada que foram entregues pessoalmente nos locais de votação no fim de semana, apesar das alegações republicanas de que essas cédulas foram emitidas de forma indevida.
Após uma audiência de quase quatro horas, o juiz Stan Baker disse que os republicanos estavam “escolhendo a dedo” ao reclamar sobre alguns condados onde os eleitores tiveram horas adicionais no fim de semana para entregar suas cédulas — e que o tempo extra “simplesmente não é uma disparidade substancial”.
Baker, um nomeado do ex-presidente Donald Trump, afirmou “os demandantes estão claramente me convidando a inclinar a balança desta eleição ao discriminar cidadãos menos propensos a votar em seu candidato”.
O Partido Republicano da Geórgia e o Comitê Nacional Republicano alegaram que sete condados — Clayton, Cobb, DeKalb, Gwinnett, Fulton, Chatham e Athens-Clarke — estavam aceitando cédulas ilegalmente após o fim da votação antecipada na semana passada porque os eleitores foram autorizados a entregar cédulas no fim de semana.
Os republicanos, no entanto, confundiram “votação antecipada” com “votação ausente”, disse Baker, e explica que leis estaduais e federais explicam serem “processos distintos”. Em vez disso, disse Baker, pareceu-lhe que o processo foi movido contra os sete condados porque “esses condados tinham uma inclinação democrática”.
Os condados reagiram agressivamente às acusações republicanas durante a audiência, argumentando que estavam seguindo o procedimento padrão ao permitir que os eleitores entregassem seus votos e observaram que muitos dos votos entregues no fim de semana já foram contados.
“O fato de que os demandantes escolheram ser intencionalmente cegos não é uma base para eles irem ao tribunal. É completamente impróprio que eles levem esse argumento ao tribunal, especialmente na véspera da eleição”, disse um advogado do Condado de Cobb.
A CEO da Fair Fight, Lauren Groh-Wargo, comemorou a decisão, chamando de “uma prova da força da nossa democracia”.
“Os repetidos processos anti-eleitores do Partido Republicano revelam sua verdadeira estratégia: suprimir votos, especialmente aqueles que pendem para o Partido Democrata, para inclinar a balança a favor de Donald Trump e desconsiderar qualquer tipo de verdade ou lei”, disse Groh-Wargo.
“O juiz nomeado por Trump que decidiu sobre este processo deixou claro que seu processo era infundado e esta decisão reforça que o estado de direito e os direitos dos eleitores prevalecerão sobre os esforços partidários para minar nossas eleições com alegações e acusações infundadas”, completou.
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