De acordo com os militares, mais de 300 projéteis foram enviados para o território israelense.
O ataque iraniano foi uma resposta ao bombardeio contra um consulado do Irã na Síria que matou um comandante sênior da Guarda Revolucionária iraniana. Israel não assumiu a autoria do ataque, mas o governo do Irã culpa o país.
Em entrevista a Carolina Morand, no Jornal da CBN, Fernando Brancoli, professor de Relações Internacionais da UFRJ, analisa a escalada de tensão na região. Ouça:
O porta-voz da Defesa israelense disse que as ações do Teerã são muito graves e empurram a região para uma escalada. De acordo com ele, também foram registrados ataques aéreos do Iêmen e do Iraque.
O chamado Domo de Ferro foi acionado para interceptar artefatos ainda no ar e explodi-los. Parte dos drones iranianos foi derrubada por aeronaves dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Jordânia.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reuniu o gabinete de guerra e fez um pronunciamento quando o Irã anunciou a ofensiva. Ele agradeceu o apoio de países aliados e disse que está preparado para qualquer cenário, inclusive para responder a ataques.
As últimas informações apontam que uma criança de dez anos ficou ferida e uma base do exército israelense foi levemente atingida.
Irã promete nova ofensiva se Israel revidar
O Irã anunciou o fim da resposta militar e disse que não haverá novos ataques além deste, que foi considerado legítimo pelo país, mas alertou que qualquer ameaça de Israel ou dos Estados Unidos terá uma resposta recíproca.
O embaixador israelense nas Nações Unidas condenou a ação e convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, que vai se reunir neste domingo às 17h, no horário de Brasília.
Além de pedir a reunião, Israel também solicitou que o Conselho condene o ataque e classifique o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica Iraniana como uma organização terrorista.
O presidente americano, Joe Biden, classificou a ofensiva como “descarada” e afirmou que vai reunir os líderes do G7 para coordenar uma resposta diplomática e unida.
No Brasil, o Itamaraty disse que acompanha o caso com grave preocupação. Em nota, o órgão pediu máxima contenção a Irã e Israel e fez um apelo à comunidade internacional para evitar uma escalada no conflito.