O governo israelense quer estender sua polêmica proibição da rede de notícias Al Jazeera no país, depois que um tribunal confirmou a restrição, mas a encurtou.
Em maio, Israel proibiu a rede de notícias sediada no Catar de operar no país por 45 dias sob uma nova lei abrangente de guerra que permite ao governo restringir organizações de mídia estrangeiras que considere “prejudiciais” à segurança da nação.
A Al Jazeera condenou a medida como um risco para a democracia que estabelece um precedente preocupante.
Embora a proibição não seja permanente e válida apenas durante o período declarado de guerra, o governo israelense pode continuar estendendo o fechamento dos veículos por períodos adicionais de 45 dias.
Na terça-feira (4), o Tribunal Distrital de Tel Aviv decidiu que a proibição poderia ser mantida, mas seria encurtada para 35 dias, o que significa que expirará no domingo (9).
A Al Jazeera disse que foi notificada pelo Ministério das Comunicações de Israel na quarta-feira (5) que a pasta pretende solicitar que o governo e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu aprovem outra proibição de 45 dias.
Israel alegou que a Al Jazeera “prejudica a segurança israelense” e tem uma “conexão estreita” com o Hamas.
A rede de notícias do Catar é uma das únicas redes a ter uma presença ao vivo e consistente de dentro da Faixa de Gaza.
Ela negou as acusações de Israel, chamando as alegações de “perigosas e ridículas”. Pelo menos seis de seus funcionários foram mortos em Gaza desde o início da guerra.