Após sete horas de reunião, o governo de Israel aprovou o acordo de cessar-fogo e libertação de cativos na Faixa de Gaza.
Os termos foram validados pelo Gabinete de ministros, que deu o aval final à trégua.
A decisão causou um impasse entre as autoridades israelenses, já que a ala mais radical da coalizão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se posicionou contra os atuais termos da negociação.
Ao todo, foram 24 votos a favor do cessar fogo e 8 contrários.
Antes, o texto já havia sido aprovado pelo Gabinete de Segurança do país.
Nesta primeira fase, 33 pessoas serão libertadas. Entre elas, 5 idosos, com idades entre 65 e 86 anos; uma família formada por um casal e duas crianças; e um grupo de jovens, sequestrados durante o Festival Nova, de música eletrônica.
Em entrevista à CBN, a doutora em Relações Internacionais Isabela Agostinelli – pesquisadora do INCT-INEU – falou sobre o acordo.
A aprovação desta sexta-feira ocorreu um dia depois de um impasse que travou o processo de validação do governo israelense.
O Gabinete de Benjamin Netanyahu acusou o Hamas de tentar incluir novas exigências nos termos, fora do acordo inicial. O Hamas, no entanto, negou as acusações.
A primeira etapa do pacto deve durar seis semanas e inclui uma retirada gradual de forças israelenses de determinadas posições.
A ideia é permitir o retorno de civis ao norte de Gaza, ocupada pelas forças de Israel desde o início da guerra.
No cenário internacional, a validação do acordo foi comemorada, com destaque para os países do G7.
Em comunicado, o grupo — composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido — endossou o pacto e destacou que a medida vai permitir a entrada de mais ajuda humanitária na região.
No Brasil, a Federação Israelita do Estado de São Paulo disse receber “com esperança” a notícia do acordo para libertação de parte dos reféns.