A tecnologia avança em ritmo acelerado, e a Inteligência Artificial está no centro dessa transformação. Segundo uma pesquisa realizada este ano pela McKinsey & Company, mais de 70% das empresas do mundo já adotaram a IA em seus processos.
Pensando nesse avanço, a Embratel e a Claro se juntaram e desenvolveram a série especial “O Próximo Nível da Inteligência Artificial”, que trouxe uma conversa com Kay Firth-Butterfield, uma das principais vozes globais no campo da IA.
Atualmente CEO da Good Tech Advisory LLC, Kay Firth-Butterfield também é advogada e foi pioneira na interseção entre tecnologia e ética – se tornando a primeira pessoa no mundo a ocupar um cargo em diretoria de Ética em IA, em 2014, e novamente primeira a liderar a recém criada área de Inteligência Artificial e Machine Learning do Fórum Econômico Mundial, em 2017.
Em sua participação na série especial, Kay destacou que, ainda que a IA já esteja muito presente nas empresas, ainda existe um longo caminho a ser traçado em como lidar com essa tecnologia de forma ética. Assim, ao longo da conversa, a advogada abordou alguns temas que merecem atenção quando discutimos o futuro da Inteligência Artificial.
UM OLHAR ATENTO
A cada dia que passa, a Inteligência Artificial vem atingindo novos espaços, transformando o mundo como conhecemos e trazendo mudanças nas mais diversas áreas. Na área da saúde, por exemplo, essa tecnologia já tem sido utilizada na descoberta de novos medicamentos, na análise de exames por imagens, na personalização de tratamentos e muito mais.
Mesmo reconhecendo os benefícios dessas mudanças, Kay reforça que é necessário olhar com atenção – já que muitas delas ainda estão na fase inicial de uso. Em especial, ela destaca o crescente uso de agentes automatizados por IA nos mais diversos setores:
“Temos visto essa automatização em drones e armas letais em guerras. Mas, ao mesmo tempo, temos visto isso em carros. O que estamos começando a ver é que esses agentes automatizados estão se inserindo no mundo dos negócios, nos governos, nas nossas vidas pessoais… Eu considero que existem riscos e benefícios quando falamos desse tema e que devemos nos atentar a isso em 2025”.
SEGURANÇA DENTRO DAS EMPRESAS
É preciso muita cautela ao lidar com sistemas de Inteligência Artificial aplicada no meio corporativo. Em especial quando se utiliza essas ferramentas para manipular informações internas, por exemplo. Esse é um ponto que Kay destaca ao longo da conversa:
“Se você utiliza um grande sistema de linguagem na sua empresa, você está utilizando dados da internet. E isso não vai ser bom para seu negócio… Algo muito importante a se lembrar é de não utilizar um sistema aberto para lidar com seus dados confidenciais.
“A cibersegurança está o tempo todo sob ataque. Todos que conheço que trabalham com departamentos de segurança de informação estão usando a IA para combater ataques de outras IAs. Essa é a única forma de se proteger na internet hoje”.
A IA REGULARIZADA
Atualmente é impossível trabalhar com Inteligência Artificial sem estar atento aos constantes debates que giram em torno da regulamentação (ou não) dessa tecnologia. E na falta de um código único mundial, cada Estado tem desenvolvido suas próprias leis em relação à IA.
Kay compreende a necessidade de normalização. Ela ainda reforça a importância de as empresas adotarem conselhos gerais e, a partir disso, se auto-regularem em relação à tecnologia.
“É interessante pensar como nós falamos sobre IA como se não precisássemos de nenhuma governança sobre ela. Por que essa deveria ser a única tecnologia que nós não controlamos? Já que, justamente, ela é a única que realmente tenta imitar a forma como pensamos e agimos”.
Acompanhe a série especial “O Próximo Nível da Inteligência Artificial” nos canais da CBN. Uma iniciativa Embratel e Claro, no site do Valor Econômico.