O incêndio no camelódromo da Uruguaiana teve origem em um frigobar, que sofreu um “acidente termoelétrico”. As informações são do portal g1, que teve acesso às investigações da Polícia Civil. Os peritos apontam a parte superior do equipamento como o ponto inicial do fogo, com marcas de fusão aparentes em um condutor, sugerindo que o material derreteu devido a um forte aquecimento.
Segundo a polícia, a fiação elétrica estava exposta, tanto nos condutores, quanto nos terminais, e a estrutura metálica, precária na resistência ao fogo, também contribuiu para que as chamas se espalhassem.
A Delegacia de Polícia da Praça Mauá, que investiga o caso, aponta que não havia sistemas de detecção e alarme de incêndio no camelódromo, o que impediu o combate ao fogo em tempo hábil. A Polícia Civil segue realizando diligências antes de encerrar o inquérito.
Tentei entrar em contato com a Associação dos Comerciantes do Mercado Popular da Uruguaiana, mas até o momento, não tive retorno.
Lembrando que o incêndio no Camelódromo da Uruguaiana aconteceu no dia 12 de janeiro, destruindo parte das lojas no local e causando prejuízos para muitos lojistas. A expectativa da prefeitura era de reabrir o camelódromo na semana passada, mas a Justiça do Rio acatou o pedido do Ministério Público e determinou a interdição do local até que seja reestruturado e vistoriado para que novos incêndios não aconteçam.
O espaço permanece, então, interditado, sob pena de multa diária de 50 mil reais, sob argumento – justamente – de que a precariedade das instalações causou sérios danos aos lojistas e representa risco à segurança da população.
Na decisão, o juiz Daniel Calafate deu um prazo de 30 dias para as manutenções serem feitas, e escreveu que a prefeitura e o governo do estado foram omissos em relação às condições do local.
Em dezembro de 2019, o Corpo de Bombeiros determinou a interdição do Camelódromo da Uruguaiana, por não atender aos critérios de segurança. Porém, o local continuou funcionando. Por isso, em 2023 e 2024, o Ministério Público pediu a interdição à Justiça, que negou duas vezes. No ano passado, uma determinação judicial autorizou o funcionamento do Camelódromo enquanto obras de adequação eram realizadas.