Em sua mais recente contraproposta de cessar-fogo e libertação de reféns, o Hamas exigiu que Israel concordasse com uma pausa inicial de 12 semanas nos combates ao invés de seis semanas, criando um grande obstáculo nas negociações, disseram três fontes familiarizadas com as conversas à CNN.
As autoridades israelenses se opõem firmemente ao pedido, pois acreditam que não seria diferente de concordar com um fim efetivo da guerra. Um integrante do governos dos Estados Unidos disse que Israel deixou claro que quer reservar o direito de desmantelar os quatro batalhões restantes do Hamas em Rafah.
“Precisa ser mantido uma flexibilidade para continuar a guerra”, disse o oficial, acrescentando que Israel não poderia fazer isso se o primeiro período de cessar-fogo de seis semanas simplesmente fluísse para a segunda fase, quando uma “calma sustentada” deveria ser restaurada em Gaza.
Autoridades israelenses reconhecem nos bastidores que um cessar-fogo de meses tornaria difícil retomar o conflito e enviar tropas israelenses de volta para Gaza, efetivamente terminando a guerra.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu detesta assumir um compromisso tão explícito, com vários de seus parceiros internos ameaçando derrubar seu governo se a guerra terminar sem uma grande ofensiva terrestre em Rafah e o desmantelamento do Hamas.
Israel também está levando a sério o compromisso de 12 semanas de pausa antes que qualquer um dos reféns seja libertado, disse uma fonte israelense familiarizada com as negociações.
O pedido do Hamas aparece em um documento obtido pela CNN, que afirma:
“Todas as medidas nesta [primeira] etapa, incluindo a cessação temporária de operações militares mútuas, alívio e abrigo, e a retirada de forças, etc., continuarão na segunda etapa até que uma calma sustentável seja declarada.”
Um integrante do governo americano acrescentou que a mudança na posição do Hamas pode ser devido a seus negociadores estarem fora de sincronia com o líder do grupo, Yahya Sinwar.
A CNN informou na quinta-feira (9) que a operação militar em Rafah forçou uma “pausa” nas negociações no Cairo.
A saída do diretor da CIA, Bill Burns, da região após dias de envolvimento nas negociações “não significa que estamos perdendo a esperança”, disse o porta-voz da Casa Branca, John Kirby.
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