O Hamas disse, nesta quinta-feira (30), que informou os mediadores que não participaria de mais negociações durante a ofensiva israelense em curso, mas que estava pronto para um “acordo completo”, incluindo uma troca de reféns e prisioneiros, se Israel parasse a guerra.
As conversas, mediadas, entre outros, pelo Egito e pelo Qatar, para arranjar um cessar-fogo entre Israel e o grupo islâmico na guerra de Gaza, foram repetidamente estagnadas, com ambos os lados culpando o outro pela falta de progresso.
A última declaração do Hamas ocorreu no momento em que Israel prosseguia com uma ofensiva na cidade de Rafah, no sul de Gaza, apesar de uma ordem do Tribunal Internacional de Justiça (CIJ), o principal tribunal da ONU, para parar os ataques.
“O Hamas e as facções palestinas não aceitarão fazer parte desta política continuando as negociações (de cessar-fogo) à luz da agressão, do cerco, da fome e do genocídio do nosso povo”, dizia a declaração do Hamas.
“Hoje, informamos os mediadores da nossa posição clara de que se a ocupação parar a sua guerra e agressão contra o nosso povo em Gaza, a nossa prontidão (é) para chegar a um acordo completo que inclua trocas compreensivas”, acrescentou.
Israel rejeitou ofertas anteriores do Hamas como insuficientes e disse que está determinado a eliminar um grupo empenhado na sua destruição. O governo israelense afirma que a sua ofensiva em Rafah se concentra no resgate de reféns e na erradicação dos combatentes do Hamas.
Quase 36 mil palestinos foram mortos nos ataques de Israel em toda Gaza, afirma o Ministério de Saúde local.
Israel lançou a operação depois de militantes liderados pelo Hamas atacarem comunidades do sul de Israel em 7 de outubro do ano passado, matando cerca de 1.200 pessoas e fazendo mais de 250 reféns, segundo registros israelenses.