O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a confirmação do nome de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central é um sinal de que institucionalmente as coisas estão bem no Brasil.
O economista, que foi indicado pelo presidente Lula, teve o nome aprovado ontem no Senado, após sabatina, com uma resistência menor do que o esperado. Foram 66 votos favoráveis e apenas 5 contrários. Haddad disse que a sabatina foi muito bem conduzida e que demonstra maturidade institucional.
O ministro da Fazenda confirmou ainda que após ter o nome aprovado no Senado, Galípolo agora vai levar ao presidente Lula nomes para as diretorias do Banco Central que vão ficar vagas a partir de janeiro.
Ainda segundo Haddad, há uma preocupação com a questão da representatividade de gênero, indicando que mulheres devem estar entre as sugestões que serão levadas por Galípolo ao presidente Lula. Ainda segundo Haddad, essas novas indicações devem passar por sabatina no Senado em novembro.
São três diretorias que ficam vagas a partir de janeiro. Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta; Política Monetária; e Regulação. Atualmente, apenas uma mulher, trabalha como diretora no Banco Central. Carolina de Assis Barros, diretora de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, que deixa o cargo em dezembro deste ano.
Haddad comentou ainda sobre os dados da inflação, já que o IPCA mostrou alta dos preços em setembro, com disparada da energia. O ministro da Fazenda, no entanto, disse que o problema ocorre devido à seca e que os preços que subiram são relacionados a alimentos e energia, mas que é algo temporário, não indica descontrole da inflação.
Haddad foi questionado ainda se com a confirmação de Galípolo para o Banco Central o governo iria parar de criticar as decisões do Copom quando há subida da taxa Selic, mas o ministro desconversou e disse que a relação do governo e da Fazenda com o BC sempre foi técnica.