O ministro da Fazenda, Fernando Haddad confirmou, na tarde desta quarta-feira (26), que a meta da inflação será de 3% para 2025 e 2026. Ele também disse que o intervalo de tolerância segue sendo 1,5%, o que significa que a meta será cumprida se a inflação oscilar entre 1,5% e 4,5%. O chefe da pasta se reuniu nesta tarde com o Conselho Monetário Nacional.
Haddad afirmou que não há sinal de apreensão em relação ao compromisso do governo e do BC em relação ao cumprimento das metas. Ele ressaltou ainda que não foi debatido fixar um alvo que não seja de 3%.
“Nós queremos criar uma reunião com 20 técnicos. Podem consultar todos eles, fizemos as votações normalmente, o que foi decidido hoje foi pactuado um ano atrás. Usamos esse tempo para entender como é que se procede mundo afora para oferecer ao país o que tem de melhor e mais moderno, estou convicto de que nós fizemos isso, Roberto Campos também, Simone Tebet também, todos convictos de que é o melhor decreto que nós podíamos oferecer ao país”, explica.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou nesta quarta-feira decreto que formaliza a adoção de uma meta contínua de inflação a partir de 2025, prevendo que o Banco Central deverá se explicar ao governo se o alvo for descumprido por seis meses consecutivos.
Haddad também ressaltou que o presidente Lula validou o entendimento da meta contínua como um todo. O ministro afirmou que nesta terça, inclusive, a Casa Civil fez um pedido para esclarecer um item do decreto que já estava negociado com o Banco Central e que o diretor de política monetária da instituição, Gabriel Galípolo, foi autorizado pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Netos, a ir até o Palácio do Planalto.
Segundo ainda o ministro da Fazenda, ele foi à Brasília esclarecer o prazo de seis meses para descumprimento da meta e a reunião desta terça foi justamente só para esclarecer esse ponto, não tratou da sucessão do Banco Central, que é uma questão no governo. Ele afirmou também que as populações não fazem sentido e que o secretário de Política Econômica e que Galípolo, Guilherme Melo, eles estavam tratando desse tema da questão da meta fiscal.