Promessa ocorre mesmo sem data para o início da concessão da Sabesp
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O governo de São Paulo apresentou o cronograma de desestatização da Sabesp e prometeu que a redução da conta de água começa já no segundo semestre. A promessa foi feita mesmo sem uma data específica para o início da concessão da companhia de água e esgoto do estado.
A redução vai ser bancada por um fundo, com direcionamento de 30% do valor de venda da empresa, além dos dividendos da gestão paulista.
O governador Tarcísio de Freitas já admitiu, em outras ocasiões, que a tarifa vai subir ao longo do tempo, mas em um ritmo menor do que o atual.
O contrato de privatização da Sabesp apresentado nesta quinta-feira prevê investimentos em todo o período da concessão, até 2060.
O cronograma deve ser revisto a cada cinco anos.
Um dos objetivos é antecipar a universalização do serviço em todo o estado de 2033 para 2029, com investimentos de 68 bilhões de reais. A capital deve receber R$ 19 bilhões desse valor.
O governador Tarcísio de Freitas afirma que o serviço de ligação de água e esgoto vai chegar a 10 milhões de novos usuários em áreas rurais.
A Câmara de Vereadores de São Paulo ainda precisa aprovar uma mudança na lei para que a Sabesp concedida possa firmar contrato com a Prefeitura.
A cidade representa 44% do faturamento da Sabesp e é considerada essencial para atrair acionistas.
O governador disse acreditar que as negociações vão avançar entre os vereadores.
Até 15 de março, a população pode participar da consulta pública sobre a concessão. Além disso, o governo vai realizar oito audiências públicas.
Depois, o Conselho Diretor do Programa de Desestatização do Estado vai se reunir em abril para definir qual será a participação do governo na Sabesp.
Atualmente, o estado de São Paulo controla pouco mais da metade da empresa. Essa porcentagem será reduzida na nova configuração.
