Essa foi a primeira vitória brasileira em uma categoria de atuação no prêmio. Antes, já tinham ocorrido outras seis indicações, sendo três para Sônia Braga (duas por filmes e uma por série). Já Daniel Benzali, Fernanda Montenegro e Wagner Moura foram lembrados uma vez cada um.
O Brasil tem outras duas conquistas no prêmio, mas diferentes entre si. A primeira é a uma produção 100% nacional, que é “Central do Brasil”, vencedor do prêmio em 1999. Dirigido por Walter Salles – também diretor de “Ainda Estou Aqui” -, o filme conquistou em Melhor Filme em Língua Não Inglesa, desbancando “Hombres armados”, “Festa de Família”, “Tango, no me dejes nunca” e “De Poolse bruid”.
A outra conquista com DNA brasileiro ocorreu alguns bons anos antes, em 1960. Foi quando “Orfeu Negro”, de Albert Camus, venceu a mesma categoria. O cineasta francês resolveu produzir todo o longa no Brasil por ser uma adaptação de Vinícius de Moraes e também por achar que só faria sentido se fosse gravado por aqui. Entretanto, apesar de todo esse envolvimento nacional (inclusive sendo todo falado em português, a obra foi representante da França no Globo de Ouro daquele ano – e, posteriormente, no Oscar, quando venceu.
“Orfeu Negro” ganhou de “Alucinação Sensual”, “A Ponte da Desilusão”, “Morangos Silvestres” e “Nós, Meninos Pródigos”.
Além das vitórias, o Brasil possui outras indicações importantes ao Globo de Ouro. Na categoria de filmes não falados em inglês, ainda teve “Pixote: A Lei do Mais Fraco”, “Abril Despedaçado” e “Cidade de Deus”.