G20: ministros propõem usar inteligência artificial para combater desigualdades

Num dos tópicos, a agenda reafirma o compromisso de reduzir as disparidades digitais e promover o uso inclusivo de dados para o desenvolvimento, aproveitar os benefícios da Inteligência Artificial (IA) segura, protegida e confiável para o bem e para todos de maneira responsável, melhorar o acesso a serviços digitais. Segundo a declaração, isso pode possibilitar uma transformação rápida, combater as desigualdades dentro e entre os países e acelerar a realização do desenvolvimento sustentável.

Os ministros reconheceram a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, respeitando seus 17 Objetivos. O documento elenca como alguns dos principais desafios crises como a pandemia da COVID-19, a mudança climática, a perda de biodiversidade, a desertificação, a degradação ambiental e a poluição, a crise de aprendizagem, a desaceleração econômica e a crescente pobreza e a desigualdade.

Em discurso, o ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou que o Brasil vai precisar investir ao menos US$ 100 bilhões para combater o déficit de acesso a água tratada e esgotamento sanitário. Na cotação atual, o valor equivale a cerca de R$ 558 bilhões, mais de meio trilhão de reais.

O cronograma do G20 inclui discussões técnicas, que aconteceram nos últimos meses. Agora, autoridades dos países integrantes estão discutindo os temas a nível ministerial, para que em novembro a cúpula se reúna definitivamente e produza relatórios e decisões finais.

O Grupo de Desenvolvimento também se reunirá nesta terça-feira (23), com presença da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, para discutir o combate às desigualdades e a cooperação trilateral.