A líder francesa de ultradireita, Marine Le Pen, insistiu nesta terça-feira (2) que uma maioria absoluta no órgão legislativo da França ainda era possível para seu partido Reunião Nacional (RN), enquanto a campanha continuava antes do segundo turno de votação nas eleições parlamentares francesas.
“É claro que não podemos aceitar ir para o governo se não pudermos agir”, disse Le Pen à rádio France Inter. “Se não pudermos agir, isso seria, para mim, a pior traição que podemos cometer aos nossos eleitores”.
O RN obteve ganhos históricos ao vencer o primeiro turno das eleições parlamentares francesas no domingo (30), mas o resultado final dependerá de dias de construção de alianças antes do segundo turno de 7 de julho.
O líder do RN, Jordan Bardella, candidato do partido à cadeira de primeiro-ministro, disse que não aceitaria o cargo se o partido não obtivesse a maioria absoluta na Assembleia Nacional.
Questionada se faria parte da lista de ministros de Bardella caso o seu protegido fosse nomeado primeiro-ministro, Le Pen disse que não será a “primeira-ministra número dois” e, em vez disso, lideraria o grupo de legisladores do RN na Assembleia Nacional.