O Ministério da Fazenda afirmou que, após o resultado do PIB do segundo trimestre, com crescimento de 1,4% no período, vai revisar a estimativa de crescimento do país em 2024. A pasta havia projetado um crescimento total do ano em 2,5%, mas avalia agora que esse crescimento será revisado para cima, com patamar mais próximo do que foi o crescimento de 2023, ou seja, em torno de 2,9%. Ouça a reportagem completa abaixo:
Ainda segundo a Fazenda, o crescimento do PIB no 2T24 foi superior às estimativas e mostra que o ritmo de atividade seguiu em expansão no 2T24, impulsionado pela recuperação da indústria de transformação e construção e pelo avanço dos serviços. Ainda segundo a Fazenda, pela ótica da demanda, essa expansão esteve relacionada ao maior crescimento do consumo das famílias, do governo e dos investimentos.
O ministro da Fazenda celebrou o resultado do PIB do segundo trimestre do ano e confirmou que o governo vai revisar as estimativas de crescimento do país para 2024. Segundo Fernando Haddad, em vez de um crescimento de 2,5%, a revisão deve indicar um aumento entre 2,7 e 2,8%, embora algumas estimativas já apontem para um PIB acima de 3% neste ano. O ministro da Fazenda afirmou ainda que esse crescimento deve fazer ainda o governo rever as estimativas das receitas, o que ajuda também no cumprimento da meta fiscal para 2025.
“Agora nós vamos provavelmente reestimar o PIB para o ano, que deve, pela força com que ele vem se desenvolvendo, superar 2,7%, 2,8%, e há instituições que já estão projetando um PIB superior a 3%. Isso pode, inclusive, ensejar uma reprojeção das receitas para o ano que vem, se continuar forte como está. Então, nós vamos analisar com calma. A peça orçamentária está fechada com o que foi feito em julho, mas, de julho para cá, o PIB evoluiu mais do que nós imaginávamos na ocasião.”
Haddad falou ainda ser importante manter o crescimento baseado no investimento, para que esse crescimento seja mantido com baixa inflação.
O governo avalia ainda que os impactos negativos das chuvas no Rio Grande do Sul na atividade foram parcialmente mitigados pelas políticas de apoio às famílias, empresas e governos municipais e estadual.
Por fim, a Fazenda avalia ainda que o ritmo de crescimento deve seguir acentuado, ainda guiado por impulsos vindos do mercado de trabalho aquecido e pelas melhores condições de crédito a famílias e empresas comparativamente ao ano anterior. A expansão esperada para setores mais cíclicos e para a absorção doméstica devem direcionar o crescimento, sendo parcialmente contrabalanceadas por expectativas de recuo da atividade agropecuária, desaceleração da produção extrativa e pela menor contribuição do setor externo.
O governo avalia ainda que incertezas para esse cenário estão relacionadas, principalmente, a decisões de política monetária, que podem prejudicar a recuperação do mercado de crédito. Novas previsões do Ministério da Fazenda serão divulgadas no Boletim Macrofiscal em 17 de setembro.
Planejamento
Em suma, o resultado do PIB do 2º trimestre de 2024 superou as expectativas do mercado. O crescimento da Indústria e dos Serviços foram o destaque no lado da oferta. Na ótica da demanda, todos os componentes registraram variação positiva, com destaque especial para a Formação Bruta de Capital Fixo. Importante destacar a ampliação da taxa de investimento da economia brasileira nesse período, na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.