A família do jogador de futebol amador Kauan Galdino Florêncio Pereira, que foi baleado na cabeça após pisar acidentalmente no pé de um traficante em uma festa de réveillon, autorizou a doação de órgãos do jovem.
O caso aconteceu no Morro do Simão, em Queimados, na Baixada Fluminense. Kauan teve a morte cerebral confirmada na noite de quinta-feira (3) no Hospital Geral de Nova Iguaçu, onde estava internado no CTI.
A Polícia Civil do Rio identificou o homem que atirou em Kauan. Márcio Lucas Rosa de Sousa, de 31 anos, possui condenações por tráfico de drogas, associação para o tráfrico e roubo. Ele chegou a cumprir 8 anos de prisão e foi solto em janeiro de 2024.
Segundo a polícia, a identificação foi possível através de um software de reconhecimento facil. Testemunhas disseram que Kauan chegou a pedir desculpas após pisar no pé do traficante, mas que o bandido não teria aceitado.
O jovem atuava como goleiro no Clube Atlético Barra da Tijuca. Ele tinha o sonho de se tornar profissional e treinava desde os 11 anos. Kauan também tinha o desejo de ingressar no Exército como paraquedista.
O caso foi inicialmente registrado na delegacia de Queimados, mas, com a confirmação da morte cerebral, a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense assumiu a investigação.
Agora, os agentes tentam localizar o suspeito. Segundo a polícia, boatos nas redes sociais davam conta de que o criminoso teria morrido, mas todas as suposições foram checadas pela delegacia e nenhuma se mostrou verdadeira.
O órgão pede que a população denuncie a localização do traficante através do Disque Denúncia.