O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu que o Hamas aceite uma nova oferta de Israel para a libertação de reféns em troca de um cessar-fogo em Gaza, nesta sexta-feira (31). O líder americano acredita que essa é a melhor maneira de começar a encerrar o conflito.
“Com um cessar-fogo, essa ajuda poderia ser distribuída de forma segura e eficaz a todos que precisam dela”, acrescentou o democrata.
“Como alguém que tem um compromisso vitalício com Israel, como o único presidente americano que já foi a Israel em tempos de guerra, como alguém que acabou de enviar as forças dos EUA para defender diretamente Israel quando foi atacado pelo Irã, peço que deem um passo para trás e pensem no que acontecerá se esse momento for perdido. Não podemos perder este momento.”, disse Biden.
Uma proposta anterior apresentada neste ano pedia a libertação de reféns doentes, idosos e feridos em Gaza em troca de um cessar-fogo de seis semanas que poderia ser estendido para permitir a entrega de mais ajuda humanitária na região.
O acordo proposto falhou no início deste mês, depois que Israel se recusou a concordar com o fim permanente da guerra como parte das negociações e intensificou o ataque à cidade de Rafah, no sul de Gaza.
O Hamas afirmou na quinta-feira (30) que havia dito aos mediadores que não participaria de mais negociações durante a ofensiva em curso, mas que estava pronto para um “acordo completo”, incluindo uma troca de reféns e prisioneiros se Israel parasse a guerra.
As conversas mediadas pelo Egito, Catar e outros países para organizar um cessar-fogo entre Israel e o grupo islâmico na guerra de Gaza foram repetidamente paralisadas, com ambos os lados culpando o outro pela falta de progresso.
Uma autoridade dos EUA, disse, sob condição de anonimato, que o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, se reuniria nesta sexta-feira (31) com diplomatas de 17 países que têm cidadãos mantidos como reféns em Gaza pelo Hamas.
“Israel não concordará com qualquer interrupção dos combates que não faça parte de um acordo que inclua o retorno dos reféns sobreviventes”, afirmou uma autoridade de alto escalão da segurança israelense nesta sexta-feira (31).
O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, disse na terça-feira (28) que as recentes operações terrestres israelenses em Rafah não levariam a uma retirada dos EUA de mais ajuda militar.
Autoridades de saúde palestinas estimam que mais de 36.280 pessoas tenham sido mortas em Gaza desde que Israel atacou a região em resposta a uma ofensiva do Hamas em 7 de outubro no sul de Israel. O ataque do Hamas matou cerca de 1.200 pessoas, de acordo com os registros israelenses.