O presidente do Equador, Daniel Noboa, prorrogou por mais 30 dias o estado de emergência, de acordo com um decreto assinado pelo presidente na quinta-feira (7) e divulgado pelo governo.
A declaração inicial havia sido emitida em 8 de janeiro e estava prestes a expirar, pois duraria 60 dias.
Noboa adotou o estado de emergência devido à violência gerada por grupos criminosos e após incidentes e fugas nas prisões do país, incluindo a do narcotraficante Adolfo Macías, conhecido como “Fito”, líder da gangue Los Choneros, que está desaparecido desde então
O decreto divulgado na quinta-feira (7) indica que a prorrogação por mais 30 dias se deve ao fato de a “grave comoção interna” continuar em todo o território equatoriano.
Um dia após a declaração inicial do estado de emergência, em 9 de janeiro, Noboa emitiu outra um documento dizendo que há um Conflito Armado Interno no país, designando 22 gangues como terroristas.
Com ambas as medidas, o governo ordena que as operações da Polícia e das Forças Armadas continuem controlando os grupos criminosos. Noboa, que assumiu o poder em novembro, garante que seu governo conseguirá restaurar a ordem no Equador.
A Presidência afirmou no início da semana que, desde janeiro até agora, as autoridades detiveram 11.711 pessoas, mataram 14 “terroristas” e recapturaram 34 prisioneiros.
No entanto, o Executivo não esclareceu até ao momento quantos dos detidos já foram processados criminalmente.