Moradores do Rio registraram problemas nesta sexta-feira para acessar sistemas digitais. As dificuldades ocorrem em meio a um apagão cibernético global, que causou atrasos em aeroportos em outros países e um caos no sistema bancário. Atividades como transferências PIX, pagamentos, extrato bancário e acesso a documentos em portais digitais foram as mais afetadas.
Entre os bancos, o Bradesco já confirmou à CBN que os sistemas dos canais digitais do Bradesco apresentam indisponibilidade nesta manhã. Equipes estão atuando para regularização o mais breve possível. Os terminais de autoatendimento do banco funcionam normalmente. Já a Caixa Econo ica Federal informou que não teve nenhum impacto nos serviços disponibilizados aos clientes do banco. A CBN ainda aguarda retorno de outras instituições.
Nos aeroportos, o Galeão, na Zona Norte, não somou grandes impactos. Vitória Brito teve problemas para encontrar exames que fez hoje pela manhã, no aplicativo que disponibiliza os resultados. Thietre Miguel também lidou com dificuldades no banco dele e num sistema de solicitação de medicamentos.
O engenheiro da computação, Diego Cruz, especialista em software, tecnologia, segurança digital e IA explica que um bug na atualização de um antivírus usado por grandes empresas foi o que causou a pane cibernética.
“O que aconteceu, basicamente, foi que a empresa CrowdStrike, que não é tão popular entre os consumidores finais, dentre nós, fez uma atualização de software, um software de segurança que eles fornecem para grandes empresas. E essa atualização levou um bug, um problema, para as empresas que utilizam a tecnologia da CrowdStrike. E essa empresa roda em sistemas Windows. Então, esse problema acabou afetando uma série de servidores Windows ao redor do mundo, gerando essa falha em cascata”.
Em nota, o governo do Rio informou que todos os sistemas estão funcionando normalmente e que não houve qualquer paralisação dos serviços prestados. Da mesma forma, o Ministério da Saúde disse que não foi impactado pelo apagão cibernético, pois não utiliza a solução/software que causou a indisponibilidade digital.
Em nota, a Febraban afirmou que “a maioria das instituições financeiras brasileiras já normalizou seus serviços e as demais estão em avançado estado de normalização e trabalhando para garantir o funcionamento de seus serviços rapidamente. Alguns sistemas das instituições financeiras brasileiras chegaram a ser temporariamente afetados em diferentes escalas pela atualização do antivírus crowdstrike, mas nada que comprometesse a prestação de serviços de forma relevante”.