No último dia de campanha, o candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, pediu que os eleitores não deixem de votar e pregou que eles vão às urnas sem medo —discursos contra a abstenção e a alta rejeição dos paulistanos a ele.
Boulos reuniu centenas de apoiadores em um ato que começou na Avenida Paulista e desceu a Rua Augusta até chegar à Praça Roosevelt no centro, da capital. A caminhada durou cerca de uma hora.
Boulos fez uma breve fala à militância ao final do evento, pedido para que eles virem voto “incansavelmente”. Ele disse que não poderia se alongar por que a lei eleitoral proíbe discursos na véspera do pleito. Em fala a imprensa, Boulos criticou as fake news contra ele.
O candidato esteve no ato ao lado da vice, Marta Suplicy, do PT. O legado da ex-prefeita foi exaltado nas falas durante o percurso. Marta foi embora passando mal com o calor. O próprio Boulos estava rouco, após falar com a multidão.
O evento contou com a participação de ministros do governo federal como Marina Silva, do Meio Ambiente, Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, e Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas. O presidente Lula, no entanto, não esteve presente por causa da recomendação médica para não viajar após lesionar a cabeça.
A caminhada de Boulos pregou a virada de votos e tentou dialogar com eleitores indeciso, principalmente mulheres. Houve críticas ao prefeito e candidato a reeleição, Ricardo Nunes, do MDB, lembrando o boletim de ocorrência por ameaça feito em 2011 pela primeira-dama. O emedebista admite que houve uma discussão por telefone e por mensagens com a esposa, mas refuta ter ocorrido agressão.
Nesta tarde, Boulos realiza o último ato antes do segundo turno na favela de Heliópolis, na Zona Sul da capital.