Os advogados do ex-presidente já haviam apresentado o texto na semana passada. Mas, o ministro Alexandre de Moraes mandou que a defesa mostrasse o documento formal.
Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro responderam ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que o convite para ele ir à posse do presidente eleito, Donald Trump, é o próprio e-mail que foi apresentado na semana passada. A defesa alega que o domínio “t47inaugural.com” é da equipe do cerimonial da posse de Trump e que a expressão “T47” é referente ao fato de Trump ser o 47º presidente eleito americano.
Os advogados explicaram que esse domínio foi criado justamente para convites para a posse e ressaltaram que o documento é legítimo e foi enviado por um e-mail formal e oficial. A defesa dele ainda reforçou que Bolsonaro mantém o compromisso de cumprir medidas cautelares.
A defesa de Bolsonaro já havia apresentado o convite na semana passada, com a versão em inglês, e também a versão com a tradução juramentada. O ex-presidente pediu ao STF para ir à posse de Trump, marcada para 20 de janeiro, mas a viagem seria de 5 dias: entre 17 e 22 de janeiro. Bolsonaro também pediu para recuperar o passaporte que está apreendido. Mas, no sábado, o ministro Alexandre de Moraes mandou que a defesa apresentasse o convite formal e os documentos necessários, porque considerou que a mensagem apresentada tinha sido enviada por um endereço não identificado e sem horário e programação da posse.
Nesta segunda-feira (13), os advogados explicaram que o convite é o próprio e-mail e que, culturalmente, os Estados Unidos valorizam “a boa-fé” dos convidados, “com rigorosas punições para falsidade”. A defesa reforçou que o e-mail é verdadeiro, justamente “porque mentiras ou omissões propositadas podem levar a rigorosas consequências” e citou inclusive a versão original em inglês e a juramentada.
Os advogados ainda reforçaram que Bolsonaro “jamais obstruiu” o andamento das investigações e reafirmaram a disposição dele em cumprir “integralmente as medidas cautelares impostas” como outras medidas que sejam impostas futuramente. O ministro Alexandre de Moraes também mandou que a Procuradoria-Geral da República se posicione sobre o pedido da defesa antes de decidir se autoriza ou não a ida de Bolsonaro para a posse.