Atual presidente dos EUA e pré-candidato democrata à reeleição, Joe Biden concedeu entrevista à emissora NBC após o atentado contra Trump, gafes em falas públicas e pressão para desistir da disputa.
O ex-presidente Donald Trump foi oficializado como candidato republicano à presidência dos Estados Unidos e escolheu o senador americano James David Vance como vice. Já o atual presidente e pré-candidato democrata à reeleição Joe Biden concedeu entrevista à emissora NBC, após o atentado contra Trump, gafes em falas públicas e pressão para desistir da disputa. Em entrevista ao Jornal da CBN, Barbara Motta, doutora em Relações Internacionais e Professora da Federal de Sergipe, fala sobre a situação de Joe Biden e analisa suas falas recentes na imprensa. Ouça e confira os destaques abaixo:
Barbara Motta afirma que a entrevista concedida pelo presidente Joe Biden à NBC lhe pareceu “promissora”:
“Pode ser que a candidatura do Trump ganhe um pouco mais de tração, e aí coloque alguns custos em relação à candidatura do Biden, mas ontem a entrevista do Biden na NBC me pareceu, no primeiro momento, bastante promissora. Acho que ele recupera um pouco da performance política que ele perdeu nos últimos acontecimentos. A gente viu o Biden um pouco mais tranquilo, um pouco mais relaxado, inclusive rindo em alguns momentos.”
A especialista ainda analisa uma questão que está sendo muito discutida: a expressão utilizada por Biden em discursos anteriores ao atentado contra Trump, em que ele diz, metaforicamente, que o candidato republicano precisava ser o alvo. Biden, inclusive, lamentou ter usado a expressão.
“Em relação a essa expressão, ‘the bullseye’, foi uma expressão infame, ele mesmo fala isso na entrevista, que talvez se não fosse pelo atentado, essa expressão não teria tomado a proporção que tomou, talvez se tornasse uma expressão que passasse um pouco desapercebida, digamos assim.”
Motta considera que o desempenho de Biden da entrevista, ainda que curta, foi bom. Ela frisa que o presidente conseguiu reverter situações a seu favor, como a questão do etarismo.
“Até nos momentos em que ele, de certa forma, foi colocado contra a parede, em que as perguntas eram perguntas difíceis, ele conseguia reverter a resposta e retomar um ponto que lhe era um ponto favorável. Sobre a questão da idade, ele diz: ‘mídia, em vez de vocês ficarem se preocupando com a minha idade, por que vocês não estão noticiando as 28 mentiras que o Trump falou durante o debate?’ Então, ele consegue virar o jogo, digamos assim, retomar um ponto que lhe é favorável. Ele também diz: eu sou apenas três anos mais velho do que o Trump, então, se a gente for olhar para esse ponto, para essa questão, nós ali estamos competindo, digamos assim, mais ou menos no mesmo sítio, na mesma conjuntura de idade, então, não temos grandes diferenças.”