Eleitores venezuelanos em Brasília estão podendo votar na embaixada da Venezuela. O local está aberto desde mais cedo. A Rede de Venezuelanos no Brasil, no entanto, afirma que apenas mil pessoas estão aptas a votar no Brasil, sendo que são mais de 500 mil venezuelanos vivendo no Brasil. Um grupo vem acompanhando a votação aqui em Brasília, sem relatos de problemas até o momento.
Nas redes sociais, essa rede de venezuelanos vem fazendo campanha de incentivo para que as pessoas compareçam aos locais de votação, já que o voto não é obrigatório na Venezuela. O grupo vem organizando ainda mobilizações em diversas cidades aqui no Brasil, como Brasília, São Paulo e Curitiba.
O assessor especial do Presidente Lula para assuntos internacionais, Celso Amorim, encontrou-se neste sábado, com a oposição que disputa as eleições no Venezuela. Antes ele havia se encontrado com representantes de Maduro e do Chavismo. Amorim, está em Caracas, desde sexta-feira.
A presença do enviado especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no país vizinho tem por objetivo mostrar que o Brasil valoriza o que espera ser um processo democrático, em busca da estabilidade regional, apesar de declarações de Maduro de que haveria um banho de sangue em caso de sua derrota.
O professor de Relações Internacionais Vladimir Feijó avalia que apesar do TSE não ter enviado observadores, é importante a presença do assessor do presidente Lula na Venezuela para mostrar o papel do Brasil como árbitro nessas eleições venezuelanas, reforçando que o país defende a estabilidade do processo eleitoral e o respeito ao resultado das urnas.
Pesquisas de intenção de voto indicam que Nicolás Maduro, em seu 11º ano no poder e concorrendo à terceira reeleição, tem chances reais de ser derrotado. Seu principal adversário é o ex-diplomata Edmundo González, que lidera a corrida presidencial.