As investigações da PF mostram que Lucinha atuou para beneficiar a maior milícia do Rio, comandada por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho.
A deputada estadual Lucinha, do PSD, foi indiciada pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento com uma milícia que atua no Rio. O ofício foi mandado pro procurador-geral do Ministério Público, Luciano Mattos, que vai decidir se apresenta a denúncia contra a parlamentar. O relatório também foi enviado pra Assembléia do Rio com a conclusão das investigações.
As investigações da PF mostram que Lucinha atuou para beneficiar a maior milícia do Rio, comandada por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho. A deputada ainda teria intermediado a soltura de pessoas ligadas ao miliciano, que se entregou à PF na noite de Natal. Além disso, Lucinha é investigada por um suposto esquema de rachadinha no gabinete dela.
Nesta segunda-feira, o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Rio retomou o processo que pode culminar na cassação do mandato dela. O processo estava suspenso, porque o colegiado aguardava o envio de novos documentos referentes à investigação. Com a retomada o Conselho vai ter até 120 dias, contando depois da entrega da defesa de Lucinha, para tomar a decisão.
Segundo as investigações, Lucinha era chamada de madrinha por integrantes do grupo criminoso. Os agentes apuraram trocas de mensagens e áudios em que ela tenta beneficiar interesses de milicianos junto à prefeitura. A parlamentar teria, inclusive, intermediado a soltura de criminosos ligados a Zinho.