Após ter a clínca destruída durante bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza, o dentista palestino Najdat Saqr retirou equipamentos das ruínas e armou uma tenda para voltar a tratar pacientes.
“Cerca de 80% do nosso trabalho envolve tratamento de canal. Quanto à anestesia, eu tenho, mas está prestes a acabar”, disse.
Saqr acaba de começar a atender pacientes na clínica improvisada em uma tenda no campo de refugiados de Nuseirat.
“Após seis meses de guerra, eu decidi que preciso continuar a trabalhar. Claro que meu centro (odontológico) foi danificado pelo bombardeio — a rotatória de Nuseirat foi atingida repetidas vezes, resultando em danos ao meu centro”, disse.
“Eu peguei uma das cadeiras do centro e vim para cá e armei uma tenda. Recuperei alguns equipamentos das ruínas após (o centro) ser atingido e transferi tudo em um tuk-tuk da clínica para cá.”
Os certificados de qualificação profissional de Saqr estão pendurados com orgulho nos postes da barraca.
Israel tem devastado a Faixa de Gaza desde que lançou uma ofensiva em resposta ao ataque liderado pelo Hamas em 7 de outubro no sul do país. A Organização Mundial da Saúde disse que o sistema de saúde da Faixa de Gaza mal consegue sobreviver no território sitiado.
Liderado pelo grupo islâmico Hamas, o ataque matou cerca de 1.200 pessoas em Israel e resultou no sequestro de outras 253, de acordo com os registros israelenses. A ofensiva de Israel na Faixa de Gaza matou mais de 32.000 palestinos, segundo as autoridades de saúde de Gaza.