A defesa do governador Cláudio Castro segue aguardando a cópia do relatório da Polícia Federal, que, indiciou o governador por corrupção passiva e peculato, e que, de acordo com a comentarista da CBN e do jornal O Globo, Malu Gaspar, também pede o afastamento de Castro.
Um advogado auxiliar está em Brasília tentando acelerar o acesso ao documento, enviado ao Superior Tribunal de Justiça sob sigilo. Na terça-feira (30), a defesa do governador pediu a anulação do documento, que ainda não foi analisado.
Entenda investigação
A investigação examina supostos desvios em programas assistenciais entre 2017 e 2019, quando Castro era vereador e vice-governador. O caso faz parte da Operação Catarata, que investiga fraudes na Fundação Leão XIII, liderada por Castro na época. Em 2020, Castro foi citado por Bruno Salém, ex-procurador da Servlog Rio, preso na operação.
A defesa do governador afirmou que as acusações se baseiam em delações infundadas de um réu confesso e está confiante na resolução favorável do processo, ressaltando ainda que o governador nunca foi convocado a prestar esclarecimentos.
O relatório da PF inclui informações sobre o suposto recebimento de R$ 400 mil por Castro, de fraudes em programas como Novo Olhar e Rio Cidadão.
O que deve acontecer?
A PGR, que recebeu o documento, deve decidir se denuncia o governador, pede novas diligências ou arquiva o caso.
Se houver denúncia, será analisada pela Corte Especial do STJ, que julga autoridades com foro privilegiado. Caso o tribunal decida pelo afastamento, o vice-governador Thiago Pampolha assumiria temporariamente, apesar da relação política distante entre os dois.
Além de Cláudio Castro, o relatório da PF também indiciou outras três pessoas, incluindo o irmão de criação do governador e empresários acusados de envolvimento nas fraudes.
A expectativa é que a PGR se manifeste nos próximos dias sobre o andamento do caso.