A polícia civil do DF investiga o coronel da Polícia Militar do DF Jorge Eduardo Naime Barreto, réu pelo 8 de janeiro, por participação em um crime de stalking contra a ex-esposa de um empresário do ramo de medicamentos do DF. Segundo a polícia, o coronel prestava serviço de segurança para o homem e teria usado a estrutura da PM para fazer coação e obter dados. No último sábado (29), agentes da polícia civil cumpriram dois mandados de busca e apreensão referentes à investigação.
Segundo informações do portal G1, a mulher procurou a polícia para informar que desde a separação entre ela e o empresário, em agosto do ano passado, vinha sendo perseguida pelo ex-companheiro. Isso porque o homem teria rastreado o carro dela e colocado um microfone dentro do veículo do motorista da vítima, apesar de ter conseguido uma medida protetiva.
Ainda segundo o portal, o motorista da mulher chegou a ser abordado por uma viatura da PM quando chegava à escola das filhas dela. Na ocasião, dois militares fotografaram o documento dele, mas não pediram o do carro. O coronel teria observado tudo de longe e, logo depois, se aproximou e conversou com os policiais. Um vídeo gravado por uma câmera de segurança registrou toda a ação. O professor, advogado e mestre em computação, explica como o crime afeta a saúde das vítimas, que são, na maioria das vezes, mulheres.
Em nota, a polícia militar do DF informou que está ciente da investigação contra Naime e que medidas cautelares relacionadas foram cumpridas com o apoio da Corregedoria. Disse que acompanha o caso, mas não irá se manifestar para não comprometer as investigações.
A CBN procurou a defesa do coronel, mas não recebeu retorno até o fechamento da matéria. Naime é réu em uma ação penal que apura acusações de omissão de autoridades pelos atos golpistas em 8 de janeiro, quando as sedes do Legislativo, Executivo e Judiciário foram invadidas e depredadas.