As forças que tomaram o controle de Damasco, capital da Síria, após o colapso do regime de Bashar al-Assad declararam anistia geral para soldados recrutados no Exército sírio.
Em nota nesta segunda-feira (9), o Comando de Operações Militares anunciou “uma anistia geral para todos os soldados recrutados servindo sob serviço obrigatório”.
“Eles têm a segurança garantida para suas vidas, e qualquer dano contra eles é estritamente proibido”, adicionaram.
A anistia não se aplica a oficiais e soldados que se voluntariaram para servir no Exército.
Relembre o conflito na Síria
A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.
O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.
Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.
Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.
A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.
Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.
Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, de acordo com a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.