Eugene Spector, um cidadão dos EUA preso na Rússia após ser condenado por espionagem em um tribunal de Moscou, foi considerado culpado por passar segredos de biotecnologia para os Estados Unidos, disse o serviço de segurança FSB da Rússia na sexta-feira (27).
Agências de notícias estatais russas relataram na terça-feira (24) que Spector, que nasceu na Rússia e depois se mudou para os EUA, havia sido condenado a 13 anos de prisão por espionagem. Essa pena foi somada a uma sentença existente por suborno e convertida em uma nova sentença de 15 anos em uma colônia penal de segurança máxima.
A mídia estatal não informou como Spector se declarou em relação às acusações durante seu julgamento fechado.
Os detalhes do caso de espionagem contra ele também não foram divulgados na época. No entanto, o FSB, principal sucessor do KGB da era soviética, disse na sexta-feira que Spector estava agindo em nome do Pentágono.
“O americano, agindo no interesse do Pentágono e de uma organização comercial afiliada a ele, coletou e transferiu para uma parte estrangeira diversas informações sobre tópicos biotecnológicos e biomédicos, incluindo aquelas que constituem segredos de estado, para a subsequente criação, pelos EUA, de um sistema de triagem genética de alta velocidade da população russa”, disse o FSB em um comunicado.
O FSB, que geralmente informa se o réu confessou, não disse como Spector – que já estava cumprindo uma sentença de três anos e meio na Rússia por suborno – se declarou.
Antes de sua prisão em 2021 no caso anterior, Spector atuava como presidente do conselho da Medpolymerprom Group, uma empresa especializada em medicamentos para cura do câncer, conforme informado pela mídia estatal.
No seu primeiro caso judicial, Spector se declarou culpado de ajudar a subornar um assistente de um ex-vice-primeiro-ministro russo, de acordo com a mídia estatal russa.