Stephanie Tremblaya, porta-voz do secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, condenou nesta quinta-feira (26) a escalada de tensão entre Israel e o Iêmen, dizendo que os ataques aéreos israelenses no Aeroporto Internacional de Sanaa, no Iêmen, nos portos do Mar Vermelho e nas centrais elétricas eram alarmantes.
Israel disse que atingiu vários alvos ligados ao movimento houthi aliado ao Irã no Iêmen na quinta-feira, incluindo o Aeroporto Internacional de Sanaa, e a mídia houthi disse que pelo menos seis pessoas foram mortas.
“Ataques aéreos israelenses hoje no Aeroporto Internacional de Sanaa, os portos do Mar Vermelho e as usinas de energia no Iêmen são especialmente alarmantes”, disse a porta-voz do chefe da ONU em uma coletiva de imprensa enquanto expressava preocupações sobre o risco de mais escalada regional.
O chefe da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que estava prestes a embarcar num avião no aeroporto quando foi atacado. Um membro da tripulação do avião ficou ferido, disse ele.
Os militares israelenses disseram que, além de atacar o aeroporto, também atingiu a infraestrutura militar nos portos de Hodeidah, Salif e Ras Kanatib na costa oeste do Iêmen.
Entenda os conflitos envolvendo Israel
No final de novembro, foi aprovado um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah. Isso acontece após meses de bombardeios do Exército israelense no Líbano.
A ofensiva causou destruição e obrigou mais de um milhão de pessoas a saírem de casa para fugir da guerra. Além disso, deixou dezenas de mortos no território libanês.
Assim como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica são grupos radicais financiados pelo Irã, e, portanto, inimigos de Israel.
A expectativa é que o acordo sirva de base para uma cessação das hostilidades mais duradoura.
Ao mesmo tempo, a guerra continua na Faixa de Gaza, onde militares israelenses combatem o Hamas e procuram por reféns que foram sequestrados há mais de um ano durante o ataque do grupo radical no território israelense no dia 7 de outubro de 2023. Na ocasião, mais de 1.200 pessoas foram mortas e 250 sequestradas.
Desde então, mais de 43 mil palestinos morreram em Gaza durante a ofensiva de Israel, que também destruiu praticamente todos os prédios no território palestino.
Em uma terceira frente de conflito, Israel e Irã trocaram ataques, que apesar de terem elevado a tensão, não evoluíram para uma guerra total.Além disso, o Exército de Israel tem feito bombardeios em alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iêmen e no Iraque.