Ademar Cardoso vai responder por 11 crimes, incluindo tráfico de drogas e tortura, enquanto Cleuzimar Cardoso, por nove, com tráfico de drogas, charlatanismo e tortura entre eles.
A Polícia Civil do Amazonas indiciou 11 pessoas no inquérito que investiga a morte de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido. Irmão dela, Ademar Cardoso, por exemplo, vai responder por 12 crimes, entre eles aborto sem consentimento da mãe, tráfico de drogas e tortura. Já a mãe de Djidja, Cleuzimar Cardoso, foi indiciada por nove crimes, como tráfico de drogas, charlatanismo e tortura, com resultado na morte da própria filha.
Djidja Cardoso (à direita), a mãe Cleusimar Cardoso e o irmão Ademar Cardoso — Foto: Reprodução/Redes sociais
Pelo menos três pessoas que pertenciam à rede de salões da família também foram indiciadas, além do ex-namorado de Djidja, Bruno Roberto, e o suposto personal trainer dela, Hatus Silveira. Há ainda quatro indiciados que trabalhavam em clínica veterinária que seria responsável por fornecer a cetamina – anestésico de uso humano e veterinário que tinha o uso incitado pela seita religiosa que Djidja e a família integravam.
Em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (20), o delegado responsável pelo caso, Cicero Túlio, afirmou que a família pretendia ampliar a organização criminosa.
As investigações sobre a seita “Pai, Mãe, Vida” começaram cerca de dois meses antes da morte de Djidja. Segundo a polícia, o grupo era utilizado para induzir o uso da substância e família pretendia montar clínica veterinária para facilitar também o acesso à compra de medicamentos do uso controlado. A seita também almejavam fundar uma comunidade para manter os trabalhos doutrinários dessa seita.
Djidja Cardoso foi encontrada morta na própria casa no dia 28 de maio, e os investigadores apuram se foi causada por overdose de cetamina. A polícia ainda investiga a possibilidade de que Djidja estivesse envolvida na associação ao tráfico de drogas, junto com a mãe e o irmão.