De acordo com dados do Unicef, do total de dois milhões e 400ᵃˢ mil crianças que nasceram no ano passado, 94% foram vacinadas contra Pólio.
Após um ciclo de seis anos de queda na cobertura vacinal contra poliomielite no país, o Brasil conseguiu retomar o avanço da imunização infantil em 2023. De acordo com dados do Unicef, do total de dois milhões e 400ᵃˢ mil crianças que nasceram no ano passado, 94% foram vacinadas contra Pólio. Proporcionalmente, o percentual de vacinados é maior que o do ano anterior, quando a cobertura foi de 90,6%. O estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância no Brasil cruzou dados do Ministério da Saúde. Apesar do aumento de vacinados, o estudo avalia que ainda há muito a avançar, já que os números ainda representam uma quantidade vasta de crianças que não foram imunizadas. No ano passado, 152 mil crianças de até um ano não receberam a vacina contra a poliomielite.
A chefe de Saúde e Nutrição do UNICEF, Luciana Phebo, diz que o maior desafio da vacinação é a pobreza e, por isso, defende alternativas para ampliar a vacinação dos menores fora das unidades de saúde.
“Muitas vezes a mãe, a cuidadora que leva o filho para vacinar, encontra-se sobrecarregada. Então, as crianças serem vacinadas na escola ou até mesmo quando uma assistente do Cras identificar que a criança não tem a vacina, já encaminhar para unidade de saúde, justamente para imunizar crianças que não conseguem ter o mesmo acesso à saúde do que os outros”
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, participou da apresentação do estudo e disse que das 16 vacinas recomendadas para o público infantil, 13 registraram aumento da cobertura no ano passado em relação a 2022. A cobertura que mais cresceu no país foi o reforço da tríplice bacteriana que imuniza contra Difteria, Tétano e Coqueluche, com 9,23 pontos percentuais, passando de 67,4% em 2022 para 76,7% no ano passado.
Para auxiliar nos esforços com relação à vacinação infantil no país, o Unicef ajuda os municípios na identificação de crianças menores de 5 anos com atraso vacinal ou sem receber vacina. O esforço tem sido realizado junto às escolas, assistência social e outras entidades pelo país.