O Brasil registrou 106.625 vagas de empregos com carteira assinada em novembro deste ano. Mas a taxa é menor do que a de novembro do ano passado, quando foram 121,3 mil registrados empregos formais. E também é um índice mais baixo do que outubro deste ano, quando o Brasil teve 132.138 postos com carteira assinada. Entre janeiro e novembro deste ano, o Brasil gerou 2.224.102 empregos formais. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho, nesta sexta-feira.
Em novembro, o setor com maior número de vagas criadas foi o comércio, que gerou 94.572 empregos formais. Os destaques são o comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, de mercadorias em geral, com destaque para produtos alimentícios e de supermercados, e de calçados.
Depois, aparece o setor de serviços como a segunda área que mais contratou em novembro, com 67.717 postos de trabalho. O aumento foi puxado especialmente por serviços de informação, comunicação e atividades financeiras, além de postos em imobiliárias e no setor administrativo.
Apesar do saldo positivo no setor de comércio e serviços, três áreas registraram saldo negativo, como indústria, agropecuária e construção. A subsecretária de Estatísticas e Estudos do MTE, Paula Montagner, explicou que o resultado ruim nessas áreas se deve ao período de sazonalidade, como as chuvas em grande parte do país e o fim de mandatos dos prefeitos com as eleições municipais.
‘A maioria deles tem característica sazonal para esse período. É normal, nesse período, que a agricultura esteja desmobilizando. Nós tivemos o fim da safra de cana em São Paulo, nós tivemos o fim da soja no Mato Grosso. No Nordeste também tem finalização da cana. Na Constituição Civil, a redução na área de edificações e das obras, que está associada a esse período de chuva, e final de mandato de prefeitos, a retomada disso logo depois que os novos eleitos tomem posse.’
O secretário-executivo e ministro do Trabalho substituto, Francisco Macena, cita que, apesar das contratações temporárias de fim de ano, é comum que nesse período também ocorram demissões, como de contratos temporários.
‘Como nós sabemos, todo final do ano nós temos um período muito grande de demissões por contratos determinados que foram feitos temporários para esse período de festas e compras. A gente pega o período histórico, em dezembro sempre acontece isso.’
No último mês do ano, o salário médio real das admissões, descontando a inflação, foi de R$ 2.152,89. O valor é menor do que o de outubro, quando estava em R$ 2.160,28. Já no acumulado dos últimos 12 meses, de dezembro de 2023 a novembro de 2024, o saldo é de criação de 1.772.862 postos, 22,2% maior do que o saldo no período de dezembro de 2022 a novembro de 2023.