A partir desta quarta-feira, 1º de janeiro, o Brasil assume a presidência do Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
A presidência do bloco é rotativa e tem duração de um ano. Inicialmente, o Brasil assumiria a presidência em 2024, mas, devido à presidência do G20 no ano passado, a responsabilidade foi adiada para 2025, ficando com a Rússia o comando do grupo em 2024.
Segundo o governo brasileiro, as atividades relacionadas ao Brics serão concentradas no primeiro semestre, já que no segundo semestre, o país sediará a COP 30, que ocorrerá em Belém. A diplomacia brasileira definiu cinco temas prioritários para o período da presidência:
- Facilitação do comércio e investimentos entre os países do Brics;
- Governança inclusiva e responsável da Inteligência Artificial;
- Aprimoramento das estruturas de financiamento para enfrentar as mudanças climáticas;
- Estímulo aos projetos de cooperação entre países do Sul Global, com foco em saúde pública;
- Fortalecimento institucional do bloco.
O Brasil será responsável pela organização e coordenação das mais de 100 reuniões previstas para acontecer entre fevereiro e julho deste ano, que acontecerão em Brasília.
A Cúpula do Brics, com a presença de chefes de Estado e Governo, está programada inicialmente para julho, no Rio de Janeiro. A presidência do Brasil será responsável por coordenar os grupos de trabalho do bloco e reunir representantes dos países membros para discutir as prioridades da presidência.
O grupo do Brics, além de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, conta com a adesão de outros países, como Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos.
Na última cúpula, em 2024, o bloco convidou outros 13 países adicionais para integrar o grupo, entre eles, a Turquia, Indonésia, Cuba, Bolívia e Tailândia. A presidência do Brasil no Brics vai até 31 de dezembro de 2025.