Militares recuaram e começaram a se retirar da praça Murillo, na capital La Paz, após tentativa de golpe na Bolívia. As informações são da agência de notícias Reuters.
Os tanques do Exército e militares armados chegaram a invadir o Palácio Presidencial, a antiga sede do governo que ainda funciona para atos protocolares, na tarde desta quarta-feira (26).
A tentativa de golpe, segundo o governo boliviano, foi arquitetada pelo general Juan José Zuñiga, que foi afastado do cargo de comandante do Exército. Após fazer ameaças a Evo Morales, chegou a dizer que prenderia o ex-presidente caso ele voltasse ao poder.
O presidente Luis Alberto Arce, no momento da invasão, estava na sede atual do governo, num prédio ao lado do Palácio Presidencial.
Ele chegou a confrontar pessoalmente o general Zuñiga. Mais tarde, em pronunciamento, Arce destituiu o general e ordenou a desmobilização das tropas.
Escalada de tensão
Zuñiga já vinha protagonizando um embate com o governo nos últimos meses. Na segunda-feira (24), subiu o tom das declarações, dizendo que prenderia Evo Morales caso o ex-presidente volte a se eleger.
Morales deve concorrer nas próximas eleições no país. Na terça-feira (25), senadores anunciaram um processo judicial contra o general.