Apesar da forte seca que atinge boa parte do país e da Aneel ter determinado bandeira vermelha 2 nas contas de luz, pelo uso maior de usinas térmicas, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta quarta-feira (4) que esse patamar pode ser revisto.
Segundo Silveira, houve uma inconsistência identificada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica que achou um erro no despacho de uma usina térmica. Isso poderia abrir margem para uma revisão do patamar da bandeira tarifária, reduzindo assim o impacto na conta de luz para a população.
Silveira não quis se comprometer com essa revisão, mas afirmou que a medida pode ser de fato adotada, garantindo um tempo maior de bandeira amarela ou até mesmo verde nas contas de luz. Segundo o ministro, o saldo da conta bandeira é favorável a essa revisão:
“Isso pode acontecer, são programas técnicos, objetivos. Como eu disse, se a gente quiser usar o recurso da conta bandeira, nós podemos inclusive adiantar e manter a bandeira verde ou amarela durante algum tempo. Hoje, não há nenhuma necessidade de nenhum despacho que venha a crescer a conta de energia do Brasil.
Como eu disse, nós temos uma conta bandeira que está extremamente vigorosa, com recursos que são suficientes à necessidade de socorro do setor. E nós temos os nossos reservatórios numa condição muito melhor que a de 2021″.
Quando os reservatórios das hidrelétricas estão cheios, o consumo pode ser feito dessas usinas que têm um custo menor de produção de energia, garantindo, assim, uma bandeira tarifária verde ou amarela. Quando os reservatórios secam, é necessário acionar usinas térmicas, que têm custo maior, elevando a bandeira tarifária para vermelho, que tem dois patamares. O atual, decidido pela Aneel na última sexta-feira, é de bandeira vermelha 2, o maior dos últimos três anos.