As autoridades dos EUA disseram repetidamente que “se opõem firmemente” à investigação do Tribunal Penal Internacional (TPI) sobre o conflito na Faixa de Gaza.
A CNN pediu comentários à Casa Branca e ao Departamento de Estado sobre o anúncio desta segunda-feira de que o procurador-chefe do TPI pediu mandados de crimes de guerra para o líder do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por causa dos ataques de 7 de outubro a Israel e da subsequente guerra em Gaza.
O Departamento de Estado não respondeu imediatamente.
Os pedidos de mandados contra políticos israelenses marcam a primeira vez que o TPI tem como alvo o principal líder de um aliado próximo dos Estados Unidos.
Quando uma investigação inicial foi lançada em março, o Departamento de Estado disse num comunicado: “Israel não é parte no TPI e não consentiu com a jurisdição do Tribunal, e temos sérias preocupações sobre as tentativas do TPI de exercer a sua jurisdição sobre funcionários de Israel.”
“Os palestinos não se qualificam como um Estado soberano e, portanto, não estão qualificados para obter adesão como Estado, participar como Estado ou delegar jurisdição ao TPI”, completou.
Funcionários do Departamento de Estado reiteraram essa oposição nas últimas semanas.
“Fomos muito claros sobre a investigação do TPI. Nós não apoiamos isso. Não acreditamos que eles tenham jurisdição. E vou deixar isso assim por enquanto”, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, em abril.
O porta-voz do Departamento de Estado, Matt Miller, disse que não poderia “fazer quaisquer previsões ou anúncios” quando questionado se o governo Biden aplicaria sanções a altos funcionários do TPI se eles prosseguissem com as acusações de Israel.
Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.
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