A primeira audiência pública sobre a privatização da Sabesp realizada fora da Câmara de Vereadores de São Paulo foi interrompida por manifestantes contrários à proposta.
A sessão era realizada no CEU Parelheiros, no extremo sul da capital paulista. E tinha como objetivo debater o projeto em tramitação da Câmara que permite que a Prefeitura mantenha contrato com a Sabesp caso ela seja privatizada.
Essa foi a quarta das sete audiências previstas no cronograma do legislativo.
Cerca de 80 pessoas participavam das discussões, quando 20 manifestantes se aproximaram do palco com faixas, cartazes e gritos contra a privatização da empresa de saneamento básico do estado. Veja o vídeo:
Audiência pública sobre a privatização da Sabesp é interrompida por manifestantes em São P
Agentes da GCM precisaram intervir, se posicionando entre os manifestantes e as pessoas que estavam em cima do palco.
Antes da confusão, uma apresentante da Sabesp, representantes da sociedade civil, de movimentos de moradia, sindicatos e também vereadores já haviam se manifestado sobre o projeto.
Histórico
Por 36 votos a 18, os vereadores deram aval para que a capital paulista mantenha o contrato de fornecimento de água e saneamento com a Sabesp, caso a empresa seja privatizada.
Na prática, o projeto de lei permite o avanço do processo de desestatização da companhia.
Uma lei municipal previa que o contrato para prestação do serviço seria automaticamente rompido em caso de desestatização da empresa.
Mas manter o contrato de São Paulo com a Sabesp é essencial para os investidores interessados em comprar as ações da estatal porque a capital é responsável por 46% do faturamento da companhia.
Mesmo com a votação em primeiro turno, a oposição entrou com uma ação na Justiça para que o caso só seja analisado após todas as audiências públicas.