Partidos e movimentos de esquerda realizaram neste sábado (dia 23) um ato pró-democracia e contra a anistia aos golpistas do 8 de janeiro em aproximadamente 20 cidades brasileiras. A mobilização, liderada pelo Partido dos Trabalhadores, ocorreu um mês após evento na Avenida Paulista, que contou com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, ocasião em que foi defendida anistia aos presos do 8 de janeiro.
O governo Lula não embarcou nos atos deste sábado (dia 23). Nem o presidente nem ministros participaram. Mas, em Salvador, estiveram a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffamann, o governador Jerônimo Rodrigues, e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner.
Em São Paulo, os manifestantes se reuniram debaixo de chuva no Largo São Francisco, no Centro da cidade. Por lá fica a Faculdade de Direito da USP, um dos símbolos da resistência à ditadura.
Os organizadores escolheram um local diferente do protesto organizado por Bolsonaro para minimizar comparações. O ato não reuniu uma multidão. Os manifestantes couberam na calçada em frente à faculdade e à Igreja do Largo, sem ocupar outros espaços. Só uma faixa da rua foi bloqueada e o trânsito fluiu sem congestionamento.
Compareceram ao ato lideranças históricas do PT, como José Dirceu e José Genoíno. Já deputados federais, senadores ou ministros petistas com base eleitoral em São Paulo não participaram.
Nos discursos, pedidos de “sem anistia” para os envolvidos no 8 de janeiro, de ditadura nunca mais, de prisão para Bolsonaro e de apoio à Palestina, além de críticas à letalidade das operações policiais do governo Tarcísio de Freitas.
Em Belo Horizonte, a manifestação foi realizada na Praça Afonso Arinos, no centro da cidade. O protesto reuniu integrantes de diversos movimentos de esquerda da cidade e do estado, e o deputado federal do PT, Rogério Correia estava presente.